sábado, 14 de março de 2015

CONDICIONAMENTO REFLEXO E OPERANTE


CONDICIONAMENTO REFLEXO – Proposto por Pavlov, o condicionamento reflexo obedece a leis e propriedade: o objetivo da ciência é buscar relações uniformes e constantes entre os eventos.
A lei da intensidade-magnitude compreende que quanto maior a intensidade, maior a magnitude.
 A lei do limiar define que todo reflexo possui uma intensidade mínima do estimulo para eliciar uma resposta. É a faixa de valor. Valores abaixo do limiar não eliciam respostas.
Lei da latência define que a latência é o intervalo entre dois eventos. É o tempo decorrido entre o estímulo e a resposta. Quando menor a intensidade do estímulo, menor a latência entre o estimulo e a resposta.
A habituação e a potenciação são os efeitos que as eliciações sucfessivas exercem sobre o reflexo.
A habituação ocorre quando um mesmo estimulo é apresentado diversas vezes em certos intervalos, na mesma intensidade, ocorre um decréscimo na magnitude da resposta. Na potenciação, as novas eliciações aumentam a magnitude da resposta.

REFLEXO – O reflexo é a relação entre estímulo e resposta; a interação entre o organismo e o ambiente. De outra forma, o reflexo é a resposta. É a relação entre estimulo e resposta na qual o estimulo elicia a resposta.

ESTÍMULO – é uma parte ou mudança do ambiente. Ele é medido pela intensidade.

RESPOSTA – É uma mudança no organismo. É medida pela magnitude.

REFLEXO INATO – é uma alteração no ambiente que produz alteração no organismo. É a preparação mínima que se tem para interagir com o ambiente e chances de sobrevivência. Ou seja, são importantes para a sobrevivência humana.

REFLEXO APRENDIDO – No condicionamento pavloviano, os reflexos inatos são desenvolvidos pela história filogenética, com a capacidade de aprender novos reflexos: capacidade de reagir de forma diferente. Dessa forma, esse reflexo aprendido traz um estímulo neutro que não elicia. Ocorre por emparelhamento, ou seja, um estimulo neutro mais um estimulo incondicionado.
O condicionado pavloviano é o processo e procedimento pelos quais aprende-se novos reflexos. Esse condicionamento se estende a respostas imunológicas.
O reflexo incondicionado é a relação entre o objeto e a resposta incondicionada, não depende de aprendizagem.
O reflexo condicionado é aquele em que ocorreu aprendizagem, na relação entre um estimulo condicionado e uma resposta condicionada. Um reflexo é condicionado a partir de outro existente. O reflexo condicionado perde força quando o estimulo condicionado se apresenta sem novos emparelhamentos, ou seja, dá-se a extinção respondente. A recuperação espontânea se dá quando o reflexo extinto volta. Quanto mais alta a ordem do reflexo condicionado, menor é a sua força.
As emoções são relações entre estímulos e respostas, sendo comportamentos respondentes. O caso do pequeno Albert e o rato de Watson, deu-se por experimentação controlada, dominando as variáveis relevantes. Há que se considerar que as emoções são difíceis de serem controladas.
A generalização respondente ocorre após o condicionamento. Estímulos que se assemelham fisicamente ao estimulo condicionado podem passar a eliciar a resposta condicionada em questão.
O gradiente de generalização é a variação na magnitude da resposta em função das semelhantes físicas entre os estímulos.
O contracondicionamento compreende condicionar uma resposta contrária àquela produzida.
A dessensibilização sistemática ocorre baseada na generalização respondente, consistindo em dividir o procedimento em pequenos passos: construir uma escola crescente na intensidade dos estímulos (hierarquia da ansiedade) identificando o que causa mais ou menos problemas.
O condicionamento de ordem superior é um processo em que o estimulo previamente neutro elicia uma resposta condicionada como resultado do emparelhamento a um estimulo condicionado que já elicia resposta condicionada.
Os fatores influenciadores do condicionamento pavlovniano são: frequência de emparelhamento, tipos de emparelhamento, intensidade dos estímulos e grau de predição do estimulo condicionado.


CONDICIONAMENTO OPERANTE – Proposto por Skinner, é aquele que produz consequência e é afetado por elas.

REFORÇO – Reforço é a aprendizagem por consequências. As consequências de comportamento que aumenta a possibilidade de um comportamento voltar a ocorrer. É emitir uma resposta e produzir alterações. É o aumento da probabilidade de voltar a ocorrer.
O reforço positivo aumenta a probabilidade de voltar a ocorrer. Nesse caso, um estimulo é acrescentado.
O reforço negativo aumenta a probabilidade de um comportamento pela ausência ou retirada de um estímulo aversivo (que cause desprazer) após o organismo apresentar o comportamento pretendido. Nesse caso, um estímulo é retirado.
A contingência do reforço negativo ocorre com a apresentação de estímulos e retirada de estímulos. O reforçador negativo é identificado quando o estimulo é retirado do ambiente (exemplo: óculos de sol, protetor solar, chupar drops depois de fumar).
O estímulo aversivo se comporta para que não aconteça. Este é o conceito relacional e funcional, compreendendo aqueles estímulos que reduzem a frequência do comportamento que as produzem (estímulos punidores positivos) ou aumentam a frequência do comportamento que os retiram (estímulos reforçadores negativos, punição).
Por sua vez, o controle aversivo é a modificação na frequência do comportamento, utilizando reforço negativo (aumento na frequência) e punição positiva ou negativa (diminuição na frequência). Esse controle aumenta ou diminui a emissão do comportamento.
As alternativas ao controle aversivo: reforço positivo em lugar de reforço negativo; e extinção ao invés de punição.
O contracontole é o efeito colateral do controle aversivo, o organismo controlado emite uma nova resposta que impede que o agente controlador mantenha o controle sobre o seu comportamento. É o comportamento que impede o comportamento de um agente punidor.
A punição elimina o comportamento inadequado, ameaçador, indesejável. Ela suprime rapidamente a resposta. A razão de punir está na imediaticidade da consequência, eficácia não dependente de privação e facilidade no arranjo das constingências.
Na punição positiva o comportamento produz a apresentação de um estímulo aversivo, resultando na diminuição da probabilidade de emissão do mesmo comportamento futuro.  O estimulo que reduz a probabilidade de ocorrência, diminui pela adição de um estimulo aversivo punitivo.
Na punição negativa ocorre a retirada do estimulo reforçador.
Na fuga o estimulo aversivo está presente. A fuga é um comportamento mantido por reforço negativo, pela remoção do estimulo aversivo.
Na esquiva o estimulo aversivo não está presente.
O reforço arbitrário é o produto indireto do comportamento.
Os efeitos do reforço: diminuição da frequência de outros comportamentos;  e diminuição da variabilidade na topografia (forma) da resposta (do comportamento) reforçado.

A CONTINGÊNCIA DE REFORÇO – Ocorre quando as alterações no ambiente aumentam, elas voltam a ocorrer. A relação entre o comportamento e sua consequência é que define se é reforçador ou não. O reforçador natural é o produto direto do próprio comportamento.

EXTINÇÃO OPERANTE – É o procedimento de suspensão do reforço e o retorno da frequência. O procedimento de extinção do comportamento operante compreende a diminuição da frequência de ocorrência. Na extinção ocorre a diminuição gradual da resposta.
A suspensão do reforço possui efeitos temporários. A extinção é a suspensão e diminuição da frequência do comportamento.
A resistência à extinção é a repetição após a suspensão do reforço. Os que resistem à extinção são perseverantes, empenhados, teimosos ou cabeças-duras. Os fatores influenciadores da resistência à extinção são: o número de reforços anteriores; custo da resposta (se for mais difícil, desiste mais rápido); e os esquemas de reforçamento (CRF= reforço contínuo). Outros efeitos da extinção: aumento na frequência da resposta no inicio do processo de extinção; aumento na variabilidade da topografia (forma) da resposta; e eliciação de respostas emocionais (raiva, ansiedade, irritações, frustração).

MODELAGEM – Os comportamentos novos que aprendemos surgem a partir de comportamentos que já existem em nosso repertório comportamental. A modelagem é um procedimento de reforço diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento. O resultado final é um novo comportamento. É a técnica com reforço diferencial de aproximações sucessivas do comportamento-alvo.
O reforço diferencial consiste em reforçar algumas respostas que obedecem a algum critério e não reforçar outras aproximações sucessivas do comportamento-alvo. Esse reforço envolve reforço e extinção.,].

REFERÊNCIAS
MOREIRA, M.; MEDEIROS, C. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007.
SKINNER, B. F. Ciência e comportamento humano. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
SKINNER, B. F.; HOLLAND, J. G. Análise do comportamento. São Paulo: EPU, 1975.


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