sábado, 11 de abril de 2015

QUEBRA DE XANGÔ


QUEBRA DE XANGÔ - Em Alagoas, não se sabe ao certo quando se deu a instalação dos negros para essa região, sabendo-se, apenas, que deu pela grande influência do cultivo de cana de açúcar, e o grande numero de engenhos situados nessa região, por volta dos últimos anos do século XVI. Nesse sentido, Machado (2013, p. 38) observa que a chegada dos negros ao Brasil e à região pernambucana se deu após a introdução da cana de açúcar com a exigência de mão-obra escrava. Tendo em vista que os índios caeté não se curvavam ao jugo da escravização portuguesa, deu-se então o tráfico dos negros que foram introduzido como escravos nas plantações canavieiras.
Para Diégues Junior (1980, p. 27), admite-se que aparecimento dos negros, em condições mais regulares se tenha processado com a fundação de engenhos; entretanto não é de se desprezar a hipótese de que elementos negros tivessem participado da bandeira exploradora de Jerônimo de Albuquerque, em 1557, o qual, de certo, se teria feito acompanhar de escravos, e começaram os contingentes negros a penetrar em Alagoas.
Em ralação aos tipos étnicos de negros encontrados em Alagoas não se registro algum a não ser de jornais acerca da compra e venda de negros, e ainda os costumes e linguísticas que ainda hoje prevalece na capital do estado Maceió e no interior. A esse respeito, assinala, pois, Diégues Junior (1980, p. 166) que: A falta de documentação positiva sobre os tipos étnicos encontrados, teremos de recorrer aos elementos subsidiários que possam adiantar-nos alguma coisa pela linguística, isto é, pelo vocabulário ainda hoje usado ou pelas denominações de pontos geográficos, evidenciaremos o predomínio dos bantus. Como também pela referencia de cronistas e viajantes dos séculos passados, e pelo folclore. A língua, através da qual os negros influenciaram na dialetação alagoana, como na de todo o nordeste, foi o dialeto quimbundo, considerado como uma espécie de língua geral dos negros do norte e do sul, enquanto o nagô influiu na Bahia por intermédio da cultura sudanesa, e o quimbundo é característica buntu, na nossa linguagem popular encontraremos termos puramente quimbundos: calombo, inhame, capionga, cangote, nanica. Nomes que se característica no nordeste: angu, bengo, bunda, cafuné, cachimbo, e ainda os nomes mais existentes da cultura de cana de açúcar entre nos vem do negro: bangüê,cachaça,canga,moleque, o da bagaceira, bagaço, senzala, e nos próprios nomes dos engennhos, a influencia africana se revela: Cumbe, Luango, Cafundó,Cassamba,Zumbi, Sanbalangá, Mumbaça. Com o processo de crescimento da população e das cidades, foi aumentando cada vez mais os numero de trabalhos desenvolvidos pelos negros, isso também se deu pela migração do campo para cidade as mulheres negras eram cozinheiras, costureiras lavadeiras babas, e até amas-de-leite. Os homens serviam como cocheiros, carregadores de cadeirinhas, nisso foi aparecendo também os serviços prestados com negros de ganhos que trabalhavam em ofícios para terceiros como; alfaiates, ferreiros, carpinteiros, sapateiros, vendedores, barbeiros, cujos ganhos eram repassados para seus proprietários, lembrando que os primeiros negros escravos se destinavam especificamente a plantação de cana e a fabricação de açúcar. Para a maioria dos proprietários de escravos negros somente admitia a morte como única saída da escravidão, no entanto, a tão almeja liberdade pelos escravos também poderia ocorrer de outras formas pelo próprio proprietário através de testamento, ainda também os casos chamados “forros-na-pia”, em que os donos promoviam a liberdade da criança no momento do batismo, quase sempre por suspeita do pai ser alguém da família ou o próprio dono. A compra da própria liberdade podia ocorrer nos casos em que se permitia o trabalho por conta própria e este conseguia juntar e pagar o preço que lhe fora pago na sua aquisição, na campanha pela abolição também foram sociedades de fundos religiosos e políticos que se juntavam e colaboravam na libertação de escravos. Entretanto, com legislação de abolição parcial de escravidão uma delas a lei de ventre livre de 1871, atribuía liberdade aos filhos nascidos de mulheres escravas.
Uma outra que ficou conhecida foi a Lei dos Sexagenários de 1885, declarava livre as pessoas com mais de sessenta e cinco anos que, no entanto para os escravos a forma mais ágil de liberdade eram as fugas e as rebeliões e a formação de quilombos. A existência de quilombos constituía uma grave ameaça para continuidade da escravidão, os quilombos atrai novas fugas, privando os donos de terras dos seus trabalhadores.
Houve vários massacres na tentativa de desarticulação dos quilombos, esses quilombos recebiam apoio dos escravos alforriados e de comerciantes que não tinham compromisso com a escravidão.
O Quilombo dos Palmares, um dos famosos do Brasil, acredita-se que durou cerca de sessenta e sete anos, situado na Serra da Barriga, no município de União dos Palmares. Era assim chamado por conta da muitas palmeiras que existiam na região tinha como líder Zumbi, conhecido pela luta à liberdade dos negros escravos. Pouco se sabe sobre a vida e das pessoas nesse local, apenas que viviam nove comunidades espalhadas entre as matas e o local da sede principal era a Serra da Barriga, hoje considerado patrimônio histórico do Brasil.
O líder negro Zumbi foi consagrado herói nacional e o dia 20 de novembro a data comemorativa da consciência negra no país. A esse respeito, anota Diégues Junior (1980, p. 173): Palmares é uma pagina que não se pode isolar na historia do Brasil, e em particular da das Alagoas. Na luta pelo domínio da terra, o colonizador luso primeiro teve de vencer o elemento indígena; depois o elemento negro concentrado em Palmares. Entre um e outro, o luso-brasileiro enfrentou a invasão holandesa. Foi ensopado de sangue que se adubou a terra para as plantações de cana-de-açúcar. Vem de antes da invasão holandesa a formação do quilombo palmarino, não é possível precisar o ano em que começou a formar-se; podemos entretanto admitir que data de fins do século XVI ao ver de Inacio Acioli o quilombo se formou durante a invasão holandesa a Pernambuco, afirmativa que tem encontrado acolhida por parte de outros historiadores. Acrescenta cronista baiano que teve inicio com quarenta escravos de vários engenhos da vila de Porto Calvo, por buscarem a liberdade.
Constam de registros históricos que em 1694, os palmarinos como eram chamados pelos portugueses os negros que viviam em Palmares, foram vencidos na décima quarta invasão organizada pelos portugueses Bernardo Vieira de Melo, Sebastião Dias e Domingos Jorge Velho. Nesse embate, muitos negros foram mortos e outros conseguiram fugir, entre eles zumbi que logo em seguida foi capturado e entregue a André Furtado de Mendonça que arrancou sua cabeça para celebrar a vitoria.
A esse respeito declara Diégues Junior (1980, p. 183) que: [...] sobre ela e sobre outras entradas. A final, principalmente, que foi a décima quarta luso-brasileira, quando, em 1964, os palmarinos foram vencidos pela tríplice aliança: Bernardo Vieira de Melo, Sebastião Dias  e Domingos Jorge Velho. Atacado em três pontos diferentes, os negros não puderam impedir a conquista do reduto. Morreram muitos, escaparam outros, entre eles Zumbi, que dias depois eram entregues, traiçoeiramente, a André Furtado de Mendonça, que lhe arrancou a cabeça como prova da vitória completa sobre os bravos escravos do Palmares. Vê-se, pois, que a destruição do Quilombo trouxe descanso e paz aos engenhos alagoanos, e ainda, com o fim do Quilombo dos Palmares, aconteceu à expansão negra no nordeste, com eles foram também a sua cultura e religiosidades, cada um com sua característica.
Traz Duarte (1974, p. 18) que: O afro-negro espalhou-se pelo território alagoano desordenadamente, mas concentrou-se nos palmares. Talvez fosse este o famigerado Quilombo dos Palmares, longo no tempo e imenso na área geográfica, um exemplo de persistência da culturas Bantu. Verifica-se que a influencia negra se instalou inicialmente nas partes periferias das alagoas e em torno das lagoas mundaú e manguaba sendo essas um dois canais de transporte para mercadorias e moradores,
Segundo publicação da Uneal (2011, p. 1): [...] era através das lagoas e de seus canais que trafegavam os moradores e os comerciantes. Os que residiam nos municípios do Pilar, Marechal Deodoro e adjacências nas águas da lagoa Mundau e Manguaba os habitantes e comerciantes de Satuba, Santa Luzia do Norte e Coqueiro Seco. Desde que as populações se assentaram ao redor de suas margens em uma época de estradas precárias, as lagoas se tornaram a principal via de escoamento para o escambo e todos os tipos de comercio. Alem do porto da levada, havia outros portos em Bom Parto, em Bebedouro e no Pontal da Barra através dos quais se desenvolveram pequenas vilas e povoados ao redor de Maceió. É nesse sentido que mesmo sendo o bairro da levada uma região liminar aonde junto a comerciantes transitavam prostitutas e marginais, até meados dos anos quarenta aquele bairro seria um expressivo referencial da cidade. Ali havia a festa da levada, quando o canal se estendia da lagoa até aquele bairro ficava repleto de canoas e dos moradores dos arredores mais próximos: Satuba, Fernão Velho, Coqueiro Seco, etc.. Com isso, se formava ainda com um tanto de receio e medo, mas se fortalecendo cada dia mais a presença das culturas afros em alagoas, as danças, comidas trajes, e a religião um pouco tímida por se tratar do povo Bantu (tipos em maioria de negros que povoaram alagoas) tendo esse grupo de negros uma ausência de essência religiosa, sofrendo ainda uma forte influencia da religião católica.
Assinala Duarte (1974, p. 19) que: Dessa área dos Palmares, principalmente, vieram os folks desses povos e continuados pelos seus descendentes: o coco, a série dos folguedos temáticos do boi, os quilombos, a dança dobúa, o bate coxa, etc... outras culturas afro-negras, como as guineano-sudanesas islamiadas, nos deixaram traços ou marcas de sua existência( festa dos mortos e noutras sobrevivências islâmicas,no Penedo[...]; sobrevivência de diversas culturas se assinalam na festas tradicionais de Natal, ano bom e reis em Maceió, Pilar, Alagoas, [...] Fernão Velho, São Miguel,Atalaia, Viçosa, Camaragibe, etc... e ainda nos negros de ganho; nas suas negras quintandeiras e vendedoras de tabuleiros de doce, peixe e mariscos cm alguidares e gamelas; nos cultos negros-feitichistas (Xangôs) nos maracatus ( hoje extintos); nos folks propriamente, dos engenhos (festas de botada ou moagem). Canções de eito(vissungos) pagodes de negros, cantigas de almanjarras; nas cantigas lendas e assombrações e mitos de canoeiros e barqueiros do São Francisco e da Zona dos Canais e Lagoas (calunga);  nas comunidades religiosas com a tradição em São Benedito e N.S.do Rosário; nas orquestras populares de couro( esqueta mulher e música de barbeiros). Varios complexos culturais. Muitos complexos culturais. Com essas manifestações culturais afrodescendentes, a qual vem se proliferando com o passar dos tempos, principalmente na periferia de Maceió, tem sido justamente essas manifestações são elas: coco de roda, bumba meu boi.
A religião, contudo, sofreu um grande martírio no ano de 1912 com o chamado “Quebra de Xangô”. Maceió contava com o numero de 12 terreiros de religiões de Matrizes africanas, Xangô era como eram chamadas as casa de cultos de matrizes africanas em Alagoas e Pernambuco, o governo na época Euclides Malta, o qual permaneceu no governo durante dez anos, sendo acusado esse pelos seus opositores de pratica de magia negra, e a tal fato lhe empregavam sua permanência no governo.
Com relação ao episódio denominado de Quebra de Xangô, segundo recolhido de Rafael (2013, p. 55), Nunes (2013, p. 36), Luna (2013, p. 1), Barros (2013, p. 18) e Nascimento (2008, p. 55), trata-se de um incidente ocorrido no dia 1º de fevereiro de 1912, em Maceió e em localidades do interior alagoano. Foi um movimento promovido pela Liga dos Republicanos Combatentes que era identificada como uma associação civil que, em verdade, se tratava de uma milícia armada vinculada ao partido Republicano Democrata, no confronto entre a oposição e o governo de Euclides Malta que havia se instalado no poder alagoano há mais de uma década. Essa Liga promovia as acusações oposicionistas manifestadas por simpáticos da candidatura de Clodoaldo Fonseca e Fernandes Lima para o Governo de Alagoas, de que o poder de Euclides Malta e todo seu governo era mantido pela utilização de feitiçarias de Xangô. A Liga era formada em sua maioria de operários, sob a liderança do tenente reformado do Exército, veterano da guerra de Canudos, Manoel Luiz da Paz.
Registra Rafael (2013, p. 57) que a Liga em referência, desde a sua criação estava voltada a espalhar o terror entre os partidários da causa maltista, logrando êxito em suas investidas, chegando a atingir os redutos mais protegidos do Governo que resultaram na deposição dos principais mandatários políticos, inclusive o governador Euclides Malta. Para a Liga os terreiros davam continuidade ao poder político então deposto. A relação entre o governador Euclides malta e os terreiros de Xangô são denunciadas em periódicos como Jornal de Alagoas, demonstrando a intolerância religiosa.
Assinala Nunes (2013, p. 39) que as oligarquias mantiveram Euclides Malta, no governo alagoano por um período específico de doze anos, sob a acusação deflagrada pela oposição de que se mantinham no poder protegidos pelos orixás, por meio de bruxarias do xangô, especialmente por Tia Marcelina, fundadora do candomblé e mais famosa de Alagoas. Assim, às vésperas das eleições a oposição lança diversos bordões, como “Papa do xangô alagoano”, “Leba”, “Soba da Mata Grande”, como escárnio contra o governante e os terreiros de xangô por ele prestigiado. Resultou tal iniciativa em um ato de violência cometido pela Liga que estava acompanhada por uma multidão de enfurecidos, contra casas de culto afro-brasileiros, por meio de invasão de terreiros de babalorixás e yalorixás, retirados à força dos templos com o ato de exposição pública de paramentos, utensílios de culto e objetos sagrados queimados, bem como com espancamento de religiosos e adeptos.
O incidente do Quebra de Xangô, também denominado de Quebra-quebra e de Operação Xangô, resultou na destruição de terreiros.
O primeiro dos terreiros vitimados, segundo Rafael (2013, p. 61), foi o de Chico Foguinho, cujos seguidores foram surpreendidos com a destruição e espancamento no auge da cerimônia religiosa.
Outros terreiros fora invadidos, conforme Duarte (1974, p. 72), incluindo o de Tia Marcelina onde ocorreram espancamentos e destruições, entre outros.
A consequência desse episódio levou à criação do Xangô rezado baixo entre as práticas dos adeptos no culto aos Orixás. Outros procuraram outras plagas para realizarem seus cultos, arribando de terras alagoanas. Segundo Luna (2013, p. 1), ocorreram invasões, espancamentos e prisões aos praticantes de candomblé, umbanda e outros cultos que durou até a madrugada de 2 de fevereiro, quando os mesmos homenageavam as entidades de Oxum e Iemanjá. O citado Quebra provocou o fechamento de vários terreiros e a dispersão de ialorixás e babalorixás para outros Estados, migrando para Pernambuco, enquanto o incidente era tido para a imprensa alagoana como um ato de limpeza. Os que ficaram em Maceió, continuaram praticando os cultos em silêncio, sob intensa repressão e medo.
Registra Rafael (2013, p. 66) que a ação da Liga era a de destruir os xangôs e os objetos de culto, espancando participantes e expondo-os ao ridículo, revestindo-se de um caráter particular num movimento de delinquência aliado a uma certa contestação da ordem.
À época da ocorrência do Quebra de Xangô, segundo Rafael (2013, p. 67) a Constituição Federal então vigente garantia à prática de qualquer modalidade religiosa. Entretanto, ocorriam averiguações policiais que redundavam em detenções que seriam, na verdade represálias. Tal fato, conforme Rafael (2013, p. 69) expressava a reverberação de punições ao que se considerava marginal desde os tempos coloniais, mas que, a partir da República, com a sua regulamentação pelo Estado, gerou um embate sobre a legitimidade do combate e da perseguição a elas. Apreende-se com o fato, que havia uma perseguição tácita que era velada e amparada por dispositivo legal tanto do Código Penal como da Constituição em vigor. A esse respeito, menciona Martins (2012, p. 151) que a Constituição de 1824 estabelecia o catolicismo como religião oficial do Brasil e a única autorizada a realizar eventos em público, ao mesmo tempo em que proibia a manifestação de qualquer outra vertente religiosa. Em vista disso, era considerado crime qualquer pratica de qualquer outra religião que não a Católica, fato esse que redundou nas perseguições engajadas de Maceió, em 1912. Destaca, então, Ortiz (1999, p. 122) que a ação policial nos terreiros das religiões afro-brasileiros, não era um fenômeno ocorrido num determinado lugar, era, sim, articulado em diversos estados brasileiros.
Registra Rafael (2013, p. 71) que uma das singularidades que cercam o episódio do Quebra, está relacionado ao fato de que, contrariamente a outros processos exemplares verificados no país, desenvolvidos inclusive com a anuência do Estado e se imiscuindo entre órgãos oficiais da Justiça, em Alagoas, a campanha fora deflagrada pelo enfrentamento dos cultos afro-brasileiros por proposta de combatentes que tencionavam com isso desmantelar as próprias instituições oficiais alagoanas no período. Esse fato atinge determinantemente os cultos afro-brasileiros em Alagoas, mas não de modo definitivo. Meses depois, o mesmo veiculo jornalístico que noticiou o Quebra, também registro a existência de um terreiro em Trapiche da Barra, uma das áreas mais afastadas da cidade realizando cerimônias religiosas. Por consequência, no dia 1º de fevereiro de 2012, o governador Teotônio Vilela Filho assinou no final de um cortejo popular no centro da cidade, um pedido de perdão oficial do Governo de Alagoas a todas as comunidades de terreiros alagoanas, pelas atrocidades que marcaram o dia 1º de fevereiro de 1912.

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